por Ana Cursino Guariglia | Revista Concerto

O concerto foi dedicado ao violoncelista Matias de Oliveira Pinto, que faleceu em um acidente no começo de fevereiro
“Sempre que há nascimento ou morte / O véu sagrado entre os mundos / Se torna tênue e se abre levemente / Apenas o suficiente para o Amor deslizar”.
Estas são as primeiras palavras de O véu sagrado (The Sacred Veil), obra de Eric Whitacre que foi brilhantemente interpretada pelo Coral Paulistano ontem (dia 13), sob regência de Maíra Ferreira. A récita abriu a temporada do grupo e foi dedicada ao violoncelista Matias de Oliveira Pinto, que morreu no início de fevereiro em um acidente automobilístico.
A interpretação foi brilhante não só pelo preparo, mas também pela elegância com que o Coral encarou a mudança repentina do local da apresentação, provocada pela queda de energia na Praça das Artes. O Salão Nobre do Theatro Municipal de São Paulo, alternativa escolhida, ficou lotado para o concerto. (Hoje a apresentação ocorre no local pretendido originalmente, a Sala do Conservatório. Lá o público poderá vivenciar a concepção completa do concerto, que inclui uma cenografia que não pôde ter sido montada ontem.)
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